A alimentação escolar é um assunto bastante debatido.
Isso porque é de suma importância que um alimento esteja nos padrões de segurança alimentar e nutricional, que venha a suprir a necessidade diária de nutrientes para manutenção da saúde das crianças e jovens, sendo que um cardápio diversificado durante a semana irá auxiliar neste problema.
Nesse contexto, o número de refeições realizadas ao longo do dia pelos alunos constitui importante indicador do panorama da alimentação escolar e do padrão nutricional da criança.
Consumo da alimentação escolar nos municípios
Mesmo assim, o consumo da alimentação escolar em alguns municípios brasileiros é considerado baixo, e os motivos relatados pelos alunos são variados, no qual estima-se que de 15% a 20% dos alunos omitam pelo menos uma refeição diária (STURION et al. 2005).
A escola é um ambiente propício para a aplicação de programas de educação em saúde, pois a mesma se insere em todas as dimensões da escola, ensino, relação entre lar, escola e comunidade.
Hábitos saudáveis na alimentação escolar
A adoção de hábitos saudáveis trará melhor qualidade de vida, capacitando crianças e jovens para fazer escolhas corretas sobre comportamentos que promovam a saúde de todos (DAVANÇO et al, 2004).
Os indivíduos passam a maior parte do tempo na escola, o qual em cada fase (criança à adulto) é necessária uma adequada distribuição de nutrientes, e em quantidades diferentes para que o corpo funcione adequadamente.
De acordo com Devincenzi et al. (2004), vários fatores influenciam o crescimento e a saúde, entre esses, a alimentação se destaca como um dos mais importantes para garantir o adequado crescimento e prevenir carências nutricionais.
Diante disso, é importante à variedade dos alimentos, e como consequência a diversidade de micronutrientes (vitaminas e sais minerais) e macronutrientes (lipídios, carboidratos e proteínas).
O aproveitamento dos alimentos dentro das escolas, é importante também, pois além de conter alto valor nutricional, através da educação alimentar ensinará aos alunos como aproveitar os alimentos, e ainda servirá como suplemento na merenda escolar.
Cantinas saudáveis nas escolas
Com isso, a implantação de cantinas saudáveis nas escolas públicas e privadas, iria contribuir para que estes alunos mudassem seus hábitos alimentares, desde os cuidados com a qualidade até o valor nutricional, sendo que os pais, responsáveis, e profissionais das escolas estariam em um ambiente mais agradável, e provavelmente com mais saúde.
A venda de balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados, chocolates, algodão-doce e confeitos em geral; refrigerantes, refrescos artificiais e bebidas achocolatadas; salgadinhos industrializados e biscoitos salgados tipo aperitivo; frituras; pipoca industrializada e pipoca com corantes artificiais; bebidas alcoólicas, cerveja sem álcool e bebidas que contenham taurina ou inositol — substâncias comumente encontradas em bebidas energéticas, como a publicidade e venda de alimentos não-saudáveis nos estabelecimentos comerciais numa faixa de 50 metros da escola estão proibidas (BRASIL, 2015).
Implantação das Boas Práticas nas escolas
O controle higiênico sanitário, também é importante nas cantinas.
Diante desse fato, segurança alimentar é a garantia de que os alimentos não provocarão danos ao consumidor, desde que sejam preparados ou ingeridos de acordo com a utilização prevista, estando intrinsecamente ligada à higiene dos gêneros alimentícios (WHO/FAO, 2008).
Devem ser aplicadas as Boas Práticas de Manipulação, como também a implantação dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP’s), ensinando as merendeiras o passo a passo dos cuidados durante o processo, para oferecer no final uma refeição de qualidade, que não ofereça risco a saúde deste grupo de pessoas.
No primeiro momento, ao iniciar essas atividades nas escolas, deve-se conhecer o espaço e as condições em que ela se encontra, como o que ela pode oferecer para o seu melhoramento, com a aplicação do check list no local, conhecer o fluxo de produção e o cardápio oferecido para os alunos, e com base nisso, iniciar um planejamento das atividades que serão realizadas.
Outro ponto é a criação de uma cartilha para a escola de fácil entendimento, contendo todas as informações relevantes para o andamento da garantia alimentar.
A união dessas vertentes, segurança alimentar e nutricional nas escolas, faz com que as crianças e jovens estejam em um ambiente mais agradável e saudável.
Compartilhem para que outras pessoas tenham conhecimento sobre o assunto, deixe suas dúvidas, que estarei respondendo.
Colunista: Izabel Bastos
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n°36.900: Regulamenta a Lei nº 5.146, de 19 de agosto de 2013, que estabelece diretrizes para a promoção de alimentação adequada e saudável nas escolas da rede de ensino do Distrito Federal. 2015.
DAVANÇO, G. M.; TADDEI, J. A. A. C.; GAGLIANONE, C. P. Conhecimentos, atitudes e práticas de professores de ciclo básico, expostos e não expostos a curso de Educação Nutricional. Revista de Nutrição de Campinas, v. 17 n. 2, p. 177 – 184, abr./jun., 2004.
DEVINCENZI, M. U.; RIBEIRO, L. C.; MODESTO, S. P.; CAMPOS, K. A.; SIGULEM, D. M. Nutrição e Alimentação nos Dois Primeiros Anos de Vida. Compacta Nutrição. Vol. V – nº 1 – xxxxx/2004.
FAO/WHO. Codex alimentarius, food hygiene: basic texts. 3 ed. Codex Alimentarius Comission. Food and Agriculture Organization/ World Health Organization, 2008.
STURION, G. L.; SILVA, M. V.; OMETTO, A. M. H.; FURTOSO, M. C. O.; PIPITONE, M. A. P. Fatores condicionantes da adesão dos alunos ao Programa de Alimentação Escolar no Brasil. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 2, p. 167-181, mar./abr. 2005.
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