Doença Transmitida por Alimento (DTA): síndrome geralmente constituída de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhada ou não de febre, relacionada à ingestão de alimentos ou água contaminados.
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS NO BRASIL
“A Vigilância Epidemiológica é definida como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”
Em todas as regiões do país ocorrem surtos alimentares, sendo as regiões sudeste e nordeste com o maior número de notificações.
Os locais onde mais acontecem surtos alimentares são as residências, devido a falta de conhecimento e informação no preparo e no armazenamento dos alimentos.
E isso se dá porque na nossa casa não seguimos nenhuma regra, não há fiscalização, e a falta de conhecimento é a principal causa dos surtos em residências.
Nossas mães e avós não sabem como os microrganismos se desenvolvem, não sabem que a temperatura interfere na qualidade e na segurança dos alimentos.
Na tentativa de fazer tudo certo para sua família, pela falta de conhecimento, muitas falhas são cometidas e as doenças acontecem.
Em seguida estão os restaurantes e padarias e na sequencia locais de trabalho, creches e escolas, que sempre aparecem nas notícias como origem de surtos alimentares em alunos.
Os principais alimentos contaminados, causadores de doenças transmitidas por alimentos são os alimentos mistos, ou seja, aqueles alimentos que em sua preparação são usados outros alimentos de origens diferentes.
Uma lasanha por exemplo: temos a massa, a carne, o molho, o queijo…
Em seguida, temos a água e os produtos de origem animal contaminados são os que mais causam doenças transmitidas por alimentos.
23,4% dos surtos alimentares foram causados pela Escherichia coli e 11,3% pela Salmonela outros micro organismos como Coliformes também estão envolvidos em casos de surtos nos últimos anos.
Destaques – 2017
– 598 surtos de DTA notificados, com 9.426 doentes, 1.439 hospitalizados e 12 óbitos relacionados;
– Dentre os agentes etiológicos identificados como únicos responsáveis pelos surtos confirmados laboratorialmente (89 surtos), a Escherichia coli (46,1%/ 41 surtos) foi o mais comum, seguida por Salmonella spp (14,6%/13 surtos);
– Dos alimentos suspeitos identificados (215 surtos), a água foi a mais incriminada (35,8%/77 surtos), seguida pelos alimentos mistos (16,7%/36 surtos), cuja composição possui mais de um grupo alimentar;
– Conforme notificações de anos anteriores, as residências (36,9%/220 surtos) foram o local de ocorrência mais associado aos surtos de DTA.
Destaques – 2018*
– 503 surtos de DTA notificados, com 6.803 doentes, 731 hospitalizados e 9
óbitos relacionados;
– Dentre os agentes etiológicos identificados como únicos responsáveis pelos surtos confirmados laboratorialmente (80 surtos), a Escherichia coli (27,5%/22 surtos) foi o mais comum, seguida por Norovírus (25,0%/20 surtos);
– Dos alimentos suspeitos identificados (167 surtos), a água foi a mais
incriminada (29,9% / 50 surtos), seguida pelos alimentos mistos (23,4%/39
surtos), cuja composição possui mais de um grupo alimentar;
– Conforme notificações de anos anteriores, as residências (35,8%/179 surtos) continuaram sendo o local de ocorrência mais associado aos surtos de DTA.
DOENÇAS TRANSMITIDOS POR ALIMENTOS NO MUNDO
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, pelo menos 600 milhões de pessoas no mundo caem doentes e 420 mil morrem após ingerirem comida contaminada.
Doenças transmissíveis por alimentos têm o mesmo impacto para a saúde pública que problemas como malária, tuberculose e AIDS.
Segundo a ONU, é importante que os consumidores protejam a si mesmos e as suas famílias em casa e também por meio de escolhas seguras na hora de procurar vendedores de alimentos e restaurantes.
Indivíduos devem optar por estabelecimentos e comerciantes que seguem boas práticas de higiene.
A FAO aponta para a necessidade de medidas de compartilhamento transparente de informação. Segundo a agência, também é preciso uma vigilância e monitoramento contínuos dos sistemas alimentares.