Hoje eu quero falar para você sobre uma ferramenta muito bacana que eu utilizo em meus processos de consultoria e que me faz aperfeiçoar ainda mais o meu trabalho, principalmente nas situações onde tenho que lidar diretamente com pessoas, no caso com os Manipuladores.
O processo de consultoria não envolve somente ir até o local, dar um treinamento de 1 hora sobre Boas Práticas e acreditar que os manipuladores entenderam tudo o que você falou e a partir daí já vão começar a fazer suas atividades de forma correta.
Ah isso seria um sonho, não é verdade?
Ou melhor ainda, seria um milagre.
Ao lidarmos com manipuladores, lidamos com pessoas com as mais variadas experiências, hábitos, manias, costumes, vícios… enfim.
Que já foram instruídas em relação a manipulação correta dos alimentos e também aquelas que nunca nem ouviram falar em Boas Práticas.
A etapa mais difícil a se executar em relação aos manipuladores é justamente quebrar o hábito de se fazer determinadas atividades de forma inadequada.
No geral, os manipuladores não realizam uma atividade do modo errado de propósito, mas sim porque nunca foram instruídos a fazer da forma correta, e por causa disso podem apresentar uma certa resistência aquilo que está sendo apresentado, por ser algo novo, que eles nunca precisaram fazer.
Primeiro passo: Paciência
Para isso é preciso primeiramente e principalmente ter paciência, entender a função de cada um e que cada um tem seu tempo de aprendizado.
Segundo Passo: Explicar a razão de cada atividade
É preciso explicar para o manipulador o porque cada atividade deve ser realizada de uma determinada forma, para que ele entenda os perigos físicos, químicos e biológicos, que ele entenda o que é Segurança Alimentar, o que é contaminação cruzada.
Não será só no momento do treinamento que você falará sobre isso com os manipuladores, mas no dia a dia de suas tarefas, que você estiver presente.
Ao entender o porque de cada nova regra o manipulador fica mais aberto a aceitar a mudança.
É como educar uma criança que pede para mãe deixa-la brincar na rua. Quando a mãe responde que não pode, imediatamente a criança pergunta: Por que?.
Todo o ser humano tem necessidade de saber o porque de cada coisa que acontece ao seu redor e com os manipuladores de alimentos não é diferente.
Ao entender que na rua é perigoso, que ele pode se machucar, a criança tem mais facilidade de aceitar o não de seus pais.
Terceiro Passo: Ofereça um ambiente adequado para realização das atividades – juntamente com o cliente
Em seguida, ao realizar as adequações no serviço de alimentação, ofereça aos manipuladores condições de realizar a atividade conforme a legislação exige, adequando seu ambiente de trabalho e oferecendo os matérias e utensílios que ele precisa para isso.
Quarto Passo: Crie uma rotina de trabalho
Ao criar uma rotina para ele, e cobrar sempre o correto, para que a forma correta de se manipular alimentos, manter o local higienizado e organizado seja o novo hábito do manipulador.
Outra coisa bem importante ainda é instruir o responsável pelo local para que ele saiba a forma correta de se manipular alimentos, higienizar o local e manter o local organizado, para que ele possa fazer o seu papel após o término da consultoria.
Dessa forma seu trabalho não terá sido em vão e os velhos hábitos dos manipuladores de alimentos não voltarão a acontecer.
Você deve estar se perguntando: mas que ferramenta é essa que você usa para lidar com os manipuladores Mayara?
Essa ferramenta se chama: AVALIAÇÃO DO MANIPULADOR DE ALIMENTOS
Ela tem o objetivo de avaliar o comportamento do manipulador durante o processo de consultoria, ou seja a sua evolução, a sua aceitação, e as mudanças de hábitos que devem ocorrer enquanto a consultoria caminha, e que deve permanecer após o término do trabalho.
Nesta ferramenta você pode colocar vários fatores que devem ser observados no comportamento do manipulador e que devem ser mudados.
Como por exemplo aspectos em relação ao uso de uniformes e conservação dos mesmos, seguimento das boas práticas como higiene pessoal, uso de adornos, lavagem de mãos, interesse em aprender, interesse em mudar hábitos, apresentação de mudança de hábitos, organização, limpeza do ambiente.
Enfim, aspectos que devem mostrar sinais de que o manipulador busca apresentar o comportamento esperado para o bom desempenho do seu papel.
O ideal é que essa avaliação seja feita em pelo três momentos da consultoria, no inicio, quando o manipulador ainda não foi instruído para que você conheça seus hábitos, no meio da consultoria, e é muito importante que ele já apresente sinais de melhora e próximo ao final da consultoria onde ele deve estar exercendo sua função entendendo o que são boas práticas e fazendo uso delas.
Mas o uso dessa ferramenta não acaba aí, essa ferramenta ainda tem a função de avaliar o seu trabalho como consultor, pois cada avanço que o manipulador dá em relação ao atendimento das Boas Práticas significa que o seu trabalho está dando resultados positivos, que o seu modo de ensinar o manipulador está sendo executado com êxito.
Se ao avaliar o manipulador pela segunda vez você perceber que não houve mudanças é preciso que a sua estratégia seja mudada, que a sua abordagem para com o manipular mude, que seu método de ensino seja revisto e reaplicado.
Espero que você tenha entendido o uso dessa ferramenta.
Ela é umas das minhas preferidas, pois ver a mudança no manipulador me mostra que estou no caminho certo.
Aliás, você sabe manter os manipuladores engajados durante o processo de manipulação dos alimentos?
Assista o vídeo:
No você ainda não conhece o meu E-book com os 20 modelos de ferramentas que eu utilizo em minhas consultorias clique na imagem para saber um pouco mais.
Essa ferramenta que você conheceu hoje faz parte do E-book.
Você precisa ter essas ferramentas, elas vão mudar para melhor o seu modo de atuar como consultor!
Mayara Vale
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