As Boas Práticas de Manipulação de pescados é um cuidado necessário para a garantia da segurança destes alimentos tão suscetíveis a contaminação.
A importância da pesca artesanal é reconhecida direta e indiretamente devido ao impacto positivo na geração de trabalho e de renda para uma grande parcela da população de pescadores excluída de baixa renda, sendo que um em cada 200 brasileiros são pescadores artesanais.
A pesca artesanal é considerada uma das atividades tradicionais mais econômicas do Brasil, no qual é exercida por produtores autônomos, em regime de economia familiar ou individual, ou seja, contempla a obtenção de alimento para as famílias dos pescadores ou para fins exclusivamente comerciais.
Baseada em simplicidade, na qual os próprios trabalhadores desenvolvem suas artes e instrumentos de pescas, auxiliados ou não por pequenas embarcações, como jangadas e canoas.
Por que as Boas Práticas de Manipulação são importantes?
Às precárias condições de equipamentos e inadequadas propriedades de armazenamento, como por exemplo a utilização de temperaturas impróprias ao pescado oriundo da pesca artesanal, pode oferecer alguns riscos de qualidade ao produto.
Devido a esse fator, é de suma importância a aplicação das Boas Práticas de Manipulação.
Essas boas práticas se baseiam em uma série de procedimentos que garantem as condições higiênicas e sanitárias ideais dos alimentos; envolve higiene do manipulador, instalações e utensílios; uso de gelo de qualidade e em quantidade adequada; controle de tempo e temperatura de manuseio, armazenamento e transporte; controle de pragas, animais domésticos, contaminantes, entre outros.
A pesca artesanal em algumas localidades é administrada pelas colônias de pescadores.
Essa por sua vez, representa e defende os direitos e interesses dos pescadores artesanais, assim como solicitam as licenças de pesca, registros de embarcações, aposentadorias rurais, auxílio-natalidade, entre outras atribuições.
Devido à escassez relacionado as boas práticas para os barcos pesqueiros, é de suma importância a implantação de manuais e treinamento com profissional capacitado para este setor, uma vez que geralmente os ribeirinhos realizam o processo de manipulação a bordo e nas margens dos rios, aumentando a ocorrência de contaminação.
Quando deve ser feito o uso de EPIs?
Diante disso, as embarcações, acessórios necessários para a pesca, os Equipamentos de Proteção Individual devem ser mantidas sempre em boas condições higiênicas, como também, os adornos pessoais colocados em local apropriado.
Ressalta-se que neste campo, há necessidade do uso de roupas escuras, para não espantar os peixes, uma vez que roupas claras facilita ao pescado a identificação do seu predador.
Durante a despesca, o material recolhido é levado para as margens do rio, ou diretamente para a colônia de pescadores.
Neste momento, ocorre a limpeza dos peixes, sendo que o profissional que recebe o produto, deve estar devidamente munido dos seus EPI’s.
As roupas, para a garantia da segurança alimentar devem ser trocadas diariamente ou quando houver necessidade, no qual como sugestão, é bordar o dia da semana.
Os peixes são altamente perecíveis, quando comparados a outros alimentos de origem animal.
Isso, é caracterizado pelos nutrientes disponíveis facilmente para a nutrição bacteriana.
Desta forma para a conservação e durabilidade, o produto deve ser mantido em refrigeração (vida de prateleira curta) ou congelamento (vida de prateleira longa), no qual precisam ser separados por tamanhos e dia de coleta.
A orientação e a capacitação são as melhores formas de se evitar a contaminação
Diante disso, os ribeirinhos e/ou colônia, devem seguir as boas práticas de manipulação, pois com certeza irá evitar várias doenças que podem ser transmitidas pelos pescados; e dúvida inerente deve ser consultado no Manual de Boas Práticas, que deve estar presente na colônia.
Você ficou com alguma dúvida? Pode deixar nos comentários abaixo.
REFERÊNCIAS
AMORIM, C. História das Colônias de Pescadores no Brasil. Jornal Martim-Pescador, n°125, maio de 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Portaria n.518, de 25 de março de 2004. Diário Oficial da União, de 26 de março de 2004. Seção I, p.266.
BRASIL, Ministério da Pesca e Aquicultura. Pesca Artesanal. 2014.
CODEX. Código de prácticas para el pescado y los productos pesqueros, CAC/RCP 52, 146 p., 2003. Disponível em: <www.fao.org/docrep/011 /a1553s/a1553s00.htm>.
EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Diagnósticos preliminar da extensão pesqueira no estado do Tocantins. Embrapa Pesca e Aquicultura. Palmas, 50p., 2013.
Colunista: Izabel Bastos
Gostou do artigo? Vote abaixo!
Sua opinião é muito importante.