Alimentos kosher e halal compõem um nicho promissor na indústria de processamento de alimentos.

Amparados em crenças religiosas que regem a fabricação de alimentos puros, seguros e adequados.

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Por isso algumas religiões têm Leis Alimentícias que preocupam-se com a saúde do ser humano e com o sofrimento animal.

Judaísmo nos alimentos Halal e Kosher

No Judaísmo, o código alimentar é denominado de Leis de Kosher ou Kasher é um termo que faz referência aos alimentos que são adequados ou permitidos pelas leis alimentares do judaísmo.

A palavra de origem iídiche (língua indo-europeia que foi adotada pelos judeus) Kosher significa literalmente “permitido” ou “apropriado”, sendo utilizada dentro do kashrut, um conjunto de deveres alimentares estabelecidos pela lei judaica (halachá) onde são retiradas das escrituras sagradas contidas no Torá.

Muçulmanos e os nos alimentos Halal e Kosher

Na religião muçulmana, as regras alimentares são chamadas de Halal.

A palavra Halal no idioma árabe significa lícito, permissível.

São os produtos julgados consumíveis pelos muçulmanos e pela jurisprudência islâmica.

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O termo significa alimento produzido sob a supervisão da Lei Islâmica Shariah de acordo com os preceitos e as normas ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela Jurisprudência Islâmica.

O que é proibido?

Esses alimentos não podem conter ingredientes proibidos, tampouco parte deles.

Essas leis de grande importância religiosas estabelecem quais alimentos podem ser ingeridos e de que maneira eles devem ser processados.

Ambas as práticas abrangem orientações alimentares.

Por mais que hajam similaridades entre elas em relação à alimentação, existem também distinções importantes que fazem com que não sejam substitutivas.

A Shariah proíbe o consumo de todo e qualquer tipo de alimento modificado geneticamente, assim como produtos minerais e químicos tóxicos que causem danos à saúde.

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Peixes e outros animais aquáticos são permitidos, desde que não se enquadrem no quesito anteriormente citado.

Animais que vivem tanto na terra quanto em água são proibidos (crocodilos e semelhantes).

Produtos de origem vegetal são considerados Halal, contanto que não tenham efeito alucinógeno e não causem intoxicação ou malefícios à saúde de quem os consome.

Para os produtos cárneos, o abate deve seguir os procedimentos do ritual Halal

Não é permitido o abate de animais como porcos, cachorros e semelhantes, animais com presas (tais como tigres, elefantes, macacos, dentre outros), pestilentos (ratos, centopéias, escorpiões), pássaros predadores e criaturas repulsivas.

De acordo com as exigências das Embaixadas dos países islâmicos, o abate Halal deve ser realizado em separado do não-Halal, sendo executado por um muçulmano mentalmente sadio, conhecedor dos fundamentos do abate de animais no Islã.

As normas básicas a serem seguidas para o abate Halal são:

– Serão abatidos somente animais saudáveis, aprovados pelas autoridades sanitárias e que estejam em perfeitas condições físicas;
– A frase “Em nome de Alá, o mais bondoso, o mais Misericordioso” deve ser dita antes do abate;
– Os equipamentos e utensílios utilizados devem ser próprios para o Abate Halal.

A faca utilizada deve ser bem afiada, para permitir uma sangria única que minimize o sofrimento do animal;
– O corte deve atingir a traquéia, o esôfago, artérias e a veia jugular, para que todo o sangue do animal seja escoado e o animal morra sem sofrimento;
– Inspetores mulçumanos acompanharão todo o abate, uma vez que eles são os responsáveis pela verificação dos procedimentos determinados pela Sharia.

É importante ressaltar que o abate e processamento Halal vislumbra produzir produtos seguros e que tragam benefícios à saúde de quem os consome.

Portanto, higiene e sanidade são requisitos imprescindíveis para os operadores e suas vestimentas, equipamentos e utensílios empregados no processo, evitando assim a contaminações por substâncias não-Halal.

Por esta razão todo o preparo, processamento, acondicionamento, armazenamento e transporte devem ser exclusivos para os produtos Halal, que obrigatoriamente são certificados e rotulados conforme a lei da Sharia.

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Rotulagem nos alimentos Halal e Kosher

O rótulo deve conter o nome do produto, número do SIF, nome e endereço do fabricante, do importador e do distribuidor, marca de fábrica, ingredientes, código numérico identificador de data, carimbo ou etiqueta para identificação Halal e país de origem.

No caso de produtos de carne primária, também devem constar a data do abate, da fabricação e do processamento.

A Kashrut se desenvolve baseada em duas regras básicas. A primeira delas especifica o tipo de carne que pode ou não ser consumida.

A proibição é muito clara no capitulo 11 do Levítico: “Entre todos os animais da terra, os que podereis comer: aqueles que têm os cascos fendidos e que ruminam.”

Ou seja, incluem-se aí vaca, carneiro, bode e cervo.

As aves permitidas são o frango, o peru, o ganso, o faisão e o pato. Já o Deuterônimo, no capítulo 14 explica que nenhum crustáceo é kasher: “Comereis de tudo que há nas águas: tudo que tem barbatanas e escamas comereis; e tudo o que não tem barbatanas e escamas não comereis; é impuro para vós.”

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A outra grande regra consiste em não misturar carne com leite e derivados, seja na preparação, armazenamento ou consumo.

A origem bíblica desta norma é encontrada no livro Êxodos, capítulo 19 que diz: “Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.”

Foi a partir desta regra que se classificou a comida kasher em 3 categorias: carne, leite e parve.

A Torá exige que bovinos e frangos sejam abatidos de acordo com essas Leis, num ritual chamado Shechita. Apenas uma pessoa treinada, denominada Shochet, é apta a realizar esse ritual.

Antes do Shechita é realizada uma oração especial chamada Beracha.

O objetivo desse ritual é fazer a degola do animal ainda vivo e assim provocar uma morte instantânea, sem dor.

É utilizada uma faca especial bem afiada. O corte deve atingir a traquéia, o esôfago e as principais veias e artérias do pescoço. Deve haver uma intensa sangria do animal.

Após o abate, um inspetor verifica os órgãos internos do animal para procurar alguma anormalidade fisiológica que torne a carne não-Kosher.

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Hoje em dia, todo o processo Kosher, inclusive a salga é feito no próprio frigorífico sob a supervisão de um Rabino, que garante que o alimento é Kosher.

Os produtos Kosher também possuem um selo que certifica que todo o processo para a produção do alimento seguiu as exigências da Torá.

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Colunista: Gisele Onuki

 

 

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